Alimentação Saudável 15 de Fevereiro de 2016

Obesidade Infantil: como reverter este quadro?


Menina feliz comendo frutas.

É crescente o número de pessoas obesas em todo o mundo. O assunto torna-se mais preocupante quando crianças com menos de cinco anos passam a estar inclusas nesses dados. São cerca de 40 milhões de crianças nesta faixa etária acima do peso, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). As causas são diversas. E entre elas, destaca-se o consumo excessivo de alimentos industrializados. É necessário uma reeducação alimentar e a substituição destes produtos calóricos para um consumo saudável.

Saiba como controlar a obesidade infantil.

A Unimed Fortaleza entrevistou a nutricionista Sabrina Lopes, que falou sobre o tema, enfatizando o papel dos pais neste processo de mudança para uma dieta saudável.

Unimed Fortaleza – Quais fatores estão relacionados à obesidade infantil?

Sabrina Lopes – A obesidade infantil está relacionada a multifatores que podem ir desde a gestação, como fatores pré-natais, como ocorrência de diabetes mellitus, alimentação da criança no primeiro ano de vida, uso de medicamentos como corticoides, anti-histamínicos, imunossupressores, genética familiar, dieta e comportamento alimentar, sedentarismo, dentre outros.

UF – Quais mudanças são necessárias para reverter este quadro?

SL- É preciso ter acompanhamento multidisciplinar com médico pediatra, nutricionista e em alguns casos com a psicólogos. A equipe é importante para uma intervenção clínica e nutricional adequada. Além disso, é importante praticar atividade física regularmente.

UF – Qual o papel dos pais neste processo de mudança na alimentação?

SL- Os pais precisam avaliar a alimentação dentro de casa e fazer uma reeducação alimentar junto com a criança, pois para algumas famílias, os maus hábitos alimentares das crianças são reflexos da má alimentação dos pais e cuidadores, que precisam adotar alimentação saudável e práticas de atividade física regulares.

UF – Como os pais podem identificar que a criança está obesa?

SL – Para um melhor diagnóstico de obesidade infantil, os pais devem levar a criança ao pediatra ou nutricionista, para realizar exame físico, dados antropométricos e exames bioquímicos.

UF – O computador ou televisão ajudam a desenvolver a obesidade nas crianças?

SL – Sim. Estudos demonstram que a avaliação do consumo alimentar de crianças que passam mais de três horas na frente da TV tendem a consumir mais doces e refrigerantes e menos frutas e hortaliças do que as crianças que assistem menos. A Academia Americana de Pediatria recomenda que se limite o tempo que as crianças passam em frente à TV, computador e vídeo game em no máximo duas horas para dia.

UF – Quais as complicações da obesidade na criança? Ela pode desencadear outras doenças?

SL – A obesidade na criança, se não tratada precocemente, pode trazer complicações como o surgimento de doenças como redução na tolerância a glicose, resistência à insulina, diabetes mellitus, dislipidemia (distúrbio nos níveis de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue), hipertensão, ansiedade, depressão, dentre outras.

UF – Qual o tratamento para a obesidade infantil?

SL – Aplicar com a criança e a família a Educação Nutricional e incentivo à prática de atividade física, pode meio de terapia nutricional individual ou com práticas lúdicas de atividades em grupos com a presença de outras crianças e equipe multidisciplinar composta por nutricionista, médica endocrinologista pediatra, psicóloga e fonoaudióloga. Isso traz um resultado significativo como no Grupo Cresça Bem da Medicina Preventiva Unimed Fortaleza.

UF – Qual o profissional adequado para orientar os pais no processo de reeducação alimentar das crianças?

SL – O profissional capacitado para trabalhar com educação nutricional é o nutricionista.

Confira o vídeo da psicóloga Clarisse Leão explicando como a obesidade pode afetar o emocional de uma criança:

 

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