Cuidar de Você 01 de Junho de 2022

Alopecia: como saber se essa é a causa da sua queda de cabelo?


Conheça os diferentes tipos de alopecia, principais causas e tratamentos.

Homem analisando indicios de alopecia

A queda de cabelo pode acontecer por diversos motivos, desde alterações hormonais, estresse, má alimentação, deficiência de nutrientes e vitaminas ou até mesmo em decorrência de doenças.

Mas antes de tudo, é importante lembrar que nem toda queda de cabelo é motivo de alarme. É normal caírem cerca de 100 a 150 fios por dia. Isso faz parte do processo de renovação do couro cabeludo. Depois de algum tempo, os fios antigos caem para que novos fios possam crescer.

Por outro lado, se a queda acontece em áreas específicas, tornando visível o couro cabeludo com pouco ou nenhum cabelo, esses são fortes indícios de alopecia. Para entender mais, continue lendo!

O que é alopecia?

A alopecia é um distúrbio causado pela perda de cabelo ou pelo em determinadas áreas do corpo ou pelo processo de afinamento crônico dos fios, tornando visível o couro cabeludo ou partes do corpo que antes eram totalmente cobertas por pelos.

É um problema que atinge homens e mulheres de diversas idades e que pode ter variação de gravidade. Além disso, existem diferentes tipos de alopecia e o diagnóstico deve ser feito por um dermatologista para indicação do tratamento mais adequado.

O que causa alopecia?

É muito importante destacar que a alopecia geralmente é multifatorial, isto é, não existe só um fator que vai gerar a queda de cabelo e sim vários. As causas podem variar muito, inclusive, podem estar associadas a outros tipos de doenças. No entanto, alguns fatores que podem desencadear a alopecia são:

  • Desequilíbrio hormonal;
  • Má alimentação;
  • Estresse;
  • Excesso de oleosidade (geralmente relacionada à dermatite seborreica);
  • Problemas na tireoide;
  • Fatores genéticos;
  • Traumas na região;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Uso inadequado de produtos para o cabelo;
  • Deficiência de proteínas, zinco e ferro.

Quais são os tipos de alopecia?

Existem 6 tipos de alopecia e, em cada caso, os sintomas e causas são diferentes. Conheça cada uma delas abaixo com a explicação do médico dermatologista da Unimed Fortaleza Dr. Januário de Souza (CRM CE 9906/RQE 5717).

1. Alopecia Androgenética

É uma das formas mais comuns de alopecia, conhecida popularmente como calvície. É uma condição que atinge 50% dos homens e 5% das mulheres. Os fios vão crescendo cada vez mais finos e fracos.

Nas mulheres, é comum atingir o topo da cabeça e, nos homens, acomete a parte frontoparietal, conhecida também como “entradas”, podendo atingir também a parte superior da cabeça.

É causada por questões genéticas e hormonais e não tem cura, mas é importante procurar acompanhamento médico para realizar o tratamento indicado e controlar o avanço da queda.

2. Alopecia Areata

Já a Areata, conhecida popularmente como “pelada”, é caracterizada por queda de cabelos  ou pelos em formatos arredondados ou ovais, deixando o local onde houve a queda totalmente visível.

A queda pode ocorrer em locais específicos, com poucas áreas sendo afetadas, mas existem casos em que a perda pode ser maior e até mesmo total.

Pode ser causada por fatores genéticos e imunológicos e, algumas vezes, pode vir acompanhada de problemas de tireoide, diabetes, lúpus, vitiligo, entre outras questões. Fatores emocionais também podem desencadear ou até mesmo agravar o quadro clínico.

3. Eflúvio Telógeno

O Eflúvio Telógeno é mais comum em mulheres e é caracterizado pela troca excessiva de fios por todo o couro cabeludo, causando desequilíbrio nas fases de crescimento do cabelo.

O ciclo de crescimento capilar é dividido em 3 etapas: a fase anágena, quando o cabelo cresce e se desenvolve, a fase catágena, quando o cabelo tem uma pausa no crescimento, e a fase telógena, quando o cabelo cai.

O Eflúvio Telógeno acontece quando algum fator externo interrompe a fase anágena, causando um desequilíbrio no ciclo de crescimento capilar. Isso pode ocorrer em decorrência de problemas como estresse emocional, má alimentação, doenças como covid e problemas na tireoide.

4. Alopecia por Tração

Ocorre devido ao uso exagerado de penteados no cabelo, como tranças, rabos de cavalo muito apertados ou até mesmo o uso prolongado de apliques, que forçam a raiz do cabelo, levando à queda e enfraquecimento dos fios.

Geneticamente o couro cabeludo é formado para aguentar o peso dos fios, por isso, quando existe um peso ou tração maior do que ele está preparado para suportar, pode ocorrer a alopecia por tração.

É importante tomar cuidado para não tracionar demais os fios. Escolha penteados mais folgados e, caso você opte pela utilização de tranças e mega-hair, é essencial cuidar da alimentação para ter cabelos mais fortes e garantir maior elasticidade dos fios.

5. Alopecia Cicatricial

As alopecias cicatriciais constituem um grupo de doenças capilares, caracterizadas por processo inflamatório a nível dos folículos capilares, causando a queda irreversível dos pelos. Não há cura, mas dependendo do estágio, pode haver controle através do uso de medicamentos para diminuir o processo inflamatório.

6. Alopecia Frontal Fibrosante

A alopecia frontal fibrosante é um exemplo de alopécia cicatricial. Acomete principalmente as mulheres após a menopausa e costuma atingir a parte frontal da cabeça e as sobrancelhas.

A progressão da doença geralmente acontece de forma lenta e gradual, por isso é difícil notar que o problema está evoluindo, mas é muito importante realizar o diagnóstico precoce para iniciar o tratamento e estabilizar a doença na fase inicial, enquanto a perda de cabelo ainda não é muito significativa.

Exames para o diagnóstico da alopecia

A história clínica detalhada associada ao exame físico é muito importante. Em alguns casos, podem ser necessários exames de sangue ou até mesmo a biópsia do couro cabeludo.

Além disso, um exame não invasivo chamado “Tricoscopia Digital” pode ser bastante útil para o diagnóstico e o acompanhamento de diversos problemas capilares. Ele consiste no uso de um dispositivo para coleta de imagens do couro cabeludo, que serão analisadas de forma computadorizada, emitindo um laudo com vários parâmetros capilares.

Como funciona o tratamento da alopecia?

Primeiro, é necessário identificar qual o tipo de alopecia para iniciar o tratamento. Por isso, é indispensável o acompanhamento de um médico dermatologista, que será responsável por solicitar os exames necessários para rastrear as possíveis causas e indicar o tratamento adequado para controle da queda de cabelo.

O tratamento pode variar desde reposição de vitaminas e nutrientes, uso de antibióticos e outros medicamentos. Abaixo, o Dr. Januário Júnior comentou outras possibilidades de tratamentos e seus resultados. Confira!

 – Uso de minoxidil para o tratamento da alopecia

Quem tem alopecia já ouviu falar sobre o minoxidil, um produto usado para estimular o crescimento dos cabelos, barba e sobrancelhas. É um ativo que tem o efeito de acelerar o crescimento dos fios, utilizado por muitas pessoas para o tratamento da alopecia.

Apesar de ser considerado uma opção de tratamento segura, existe a possibilidade de reação alérgica e, em alguns casos, pode ocorrer aumento da queda capilar nas primeiras semanas de uso.

De qualquer modo, não é indicado utilizar o minoxidil ou qualquer outro produto farmacêutico para tratamento da alopecia sem recomendação médica. Por isso, a importância de realizar uma consulta com o dermatologista para receber a indicação do tratamento adequado para o seu caso.

– Mesoterapia Capilar

Já na linha dos procedimentos dermatológicos estéticos, destaca-se a “Mesoterapia Capilar”, que consiste na aplicação de medicações de forma injetável no couro cabeludo, para potencializar os resultados dos tratamentos.

– Transplante Capilar

Para determinados tipos de alopecia, como a alopecia androgenética (calvície), o transplante capilar tem sido uma alternativa cirúrgica bastante realizada na atualidade.

Técnicas mais modernas (como a técnica FUE, popularmente conhecida como “fio a fio”) têm obtido resultados naturais e com alto índice de satisfação por parte dos pacientes.

Uma pessoa com alopecia pode fazer procedimentos no cabelo?

Existem muitas dúvidas acerca de quais procedimentos podem ser feitos no cabelo de uma pessoa que sofre de alopecia. Confira o que pode e o que não pode segundo o médico dermatologista:

  • Tintura e Luzes: quem tem alopecia pode pintar o cabelo e fazer luzes, isso porque as tinturas atingem apenas os fios e não o folículo piloso, área afetada pela alopecia.
  • Mega-hair: pode ocasionar a alopecia de tração, o que poderia piorar o problema.
  • Progressiva: pode ocasionar dano térmico e quebra capilar.
  • Chapinha: também pode ocasionar dano térmico e quebra capilar.

Para todos os casos, lembre-se que o ideal é avaliar com seu médico dermatologista.

Sua saúde em primeiro lugar!

Se você está com queda excessiva de cabelos e suspeita estar com alopecia, é importantíssimo agendar uma consulta com um médico dermatologista, que poderá sugerir exames e analisar a região onde há queda para diagnóstico da doença.

Para agendar uma consulta, clientes Unimed Fortaleza podem acessar o nosso Guia Médico Online e encontrar o profissional mais próximo da sua localização. Se preferir, acesse pelo APP Cliente Unimed Fortaleza.

 

*Conteúdo desenvolvido em parceria com o médico dermatologista da Unimed Fortaleza Dr. Januário Júnior (CRM CE 9906/ RQE 5717).

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