O uso da tadalafila tem se tornado cada vez mais comum entre jovens e adolescentes. No entanto, é saudável usar tadalafila sem orientação médica? Neste texto, vamos esclarecer os principais mitos e verdades sobre esse medicamento.
A tadalafila é um medicamento utilizado, principalmente, no tratamento da disfunção erétil e da hiperplasia prostática benigna (aumento benigno da próstata). Também pode ser prescrita para tratar casos de hipertensão arterial pulmonar.
Ela pertence à classe dos inibidores da enzima fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), que atuam promovendo o relaxamento dos vasos sanguíneos e facilitando o fluxo de sangue em determinadas regiões do corpo.
De uso controlado, a tadalafila é um remédio que só deve ser utilizado sob prescrição médica, pois seus efeitos estão diretamente relacionados à saúde cardiovascular e ao sistema circulatório.
A tadalafila age como um vasodilatador. Isso significa que ela provoca o relaxamento dos músculos dos vasos sanguíneos, facilitando o aumento do fluxo de sangue. Esse efeito é o que permite a ereção em homens com disfunção erétil, além de melhorar os sintomas urinários em casos de hiperplasia prostática.
O início da ação da tadalafila costuma ocorrer entre 30 minutos e 1 hora após a ingestão, com efeitos que podem durar até 36 horas, dependendo da dose e da resposta do organismo. É por isso que o medicamento ficou conhecido como a “pílula do fim de semana“.
No entanto, os efeitos colaterais também são uma realidade. Entre os mais comuns, estão:
Em casos mais graves, o uso inadequado pode levar a complicações cardiovasculares, como queda brusca da pressão arterial, arritmias e até infarto.
Não é saudável usar tadalafila sem orientação médica. Embora o medicamento tenha aplicações comprovadas, o uso indiscriminado – especialmente por jovens e adolescentes – é um comportamento perigoso e injustificado do ponto de vista médico.
Acontece que, com a falsa promessa de melhorar o desempenho nos treinos e aumentar a massa muscular, esse público tem recorrido à tadalafila por conta própria, sem entender os efeitos colaterais e os perigos associados a esse hábito.
A automedicação com tadalafila, geralmente motivada por mitos, como o aumento do desempenho em treinos ou ganho de massa muscular, não tem base científica e pode resultar em sérios efeitos adversos, como vimos anteriormente:
Além disso, o uso contínuo da substância sem necessidade clínica pode causar dependência psicológica, afetar a vida sexual natural e levar à diminuição da confiança em sua própria performance.
Outro ponto relevante é que muitos jovens que fazem uso da tadalafila não têm nenhuma disfunção erétil, tornando o uso ainda mais perigoso e sem justificativa. A substância deve ser usada apenas sob prescrição médica, após uma avaliação completa da saúde geral e cardiovascular do paciente.
Portanto, é saudável usar tadalafila apenas quando existe uma indicação médica clara. Fora disso, o uso se torna um risco à saúde, motivado principalmente por descuido e desinformação.
Uma das principais preocupações do uso indiscriminado da tadalafila é que ela pode oferecer riscos severos à saúde cardiovascular. Embora o medicamento seja aprovado e seguro sob orientação médica, o uso recreativo ou sem controle pode causar fatalidades.
Por atuar como um vasodilatador, o uso da tadalafila pode resultar em queda significativa da pressão arterial. Em pacientes com doenças cardiovasculares não diagnosticadas ou em uso de medicamentos à base de nitratos (como a nitroglicerina), essa queda pode provocar desmaios, arritmias, angina e até infarto do miocárdio.
Um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology (2005) analisou a interação da tadalafila com nitratos e concluiu que a combinação pode levar a hipotensão severa e potencialmente fatal.
Já outro artigo do European Heart Journal (2003) alertou para o fato de que pacientes com insuficiência cardíaca ou que tiveram um evento cardíaco recente devem evitar o uso de medicamentos como a tadalafila.
Além disso, há indícios de que o uso contínuo da substância, sem avaliação médica, pode mascarar sintomas de doenças cardíacas em desenvolvimento.
O falso senso de segurança induzido por uma ereção facilitada pode atrasar o diagnóstico de problemas como a doença arterial coronariana.
Entre os sintomas que merecem atenção após o uso de tadalafila estão:
Além dos riscos físicos que já falamos, o uso inadequado da tadalafila pode causar dependência psicológica.
Isso acontece quando a pessoa começa a acreditar que só consegue ter um desempenho sexual satisfatório ou manter relações íntimas ao usar o medicamento, mesmo que não tenha disfunção erétil diagnosticada.
Essa dependência pode gerar ansiedade de desempenho, insegurança e uma queda na autoestima, tornando o uso do remédio uma necessidade psicológica, não médica. Com o tempo, o indivíduo pode sentir dificuldade para ter ereções sem o auxílio da droga, o que pode evoluir para um quadro real de disfunção erétil psicogênica.
Além disso, o uso recreativo e contínuo pode afetar a vida sexual de forma negativa, causando frustrações e dificultando a construção de relações sexuais saudáveis baseadas na confiança e no prazer natural.
Por isso, o acompanhamento psicológico pode ser essencial para quem apresenta esse tipo de dependência, ajudando a resgatar a segurança e o equilíbrio na vida sexual sem o uso contínuo da medicação.
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É preciso, diante de um cenário tão preocupante, termos todas as informações necessárias para combater o uso indiscriminado e sem orientações médicas de tadalafila.
E para isso, vamos abordar alguns mitos sobre a tadalafila que apesar de serem pautados em desinformação, têm ampla difusão, principalmente, para o público mais jovem.
Mito. A tadalafila não aumenta o ganho de massa muscular. Esse é um dos principais equívocos que têm levado adolescentes e jovens a usarem o medicamento de forma indevida.
A ideia de que a substância potencializa os resultados na musculação não possui base científica sólida.
A confusão surgiu porque a tadalafila provoca vasodilatação, o que pode momentaneamente aumentar o fluxo de sangue para os músculos e proporcionar a sensação de maior ?pump? durante os treinos.
No entanto, esse efeito é temporário e não está relacionado com hipertrofia muscular real, que depende de fatores como treinamento adequado, nutrição, descanso e genética.
Também não existem estudos científicos que comprovem que a tadalafila tenha efeito anabólico ? ou seja, que estimule o crescimento muscular diretamente. Ao contrário, seu uso indiscriminado pode causar efeitos adversos sérios que prejudicam o desempenho físico.
Depende! A tadalafila é usada para tratar a hipertensão arterial pulmonar, ajudando a dilatar os vasos sanguíneos nos pulmões e facilitando a respiração em pacientes com essa condição específica.
Entretanto, para pessoas saudáveis, ela não melhora a respiração nem o desempenho físico.
Mito, a tadalafila não aumenta a testosterona. A substância age principalmente na circulação sanguínea, não interferindo nos níveis hormonais do corpo.
Portanto, usar tadalafila para tentar elevar a testosterona ou melhorar a produção hormonal não tem fundamento científico e pode ser prejudicial.
Não é saudável usar tadalafila sem recomendação médica. Esse é o nosso grande aprendizado de hoje. Embora o medicamento tenha eficácia comprovada em condições específicas, seu uso indiscriminado representa um risco real à saúde física e mental.
Mitos sobre aumento de massa muscular, melhora da respiração ou elevação da testosterona são infundados e perigosos. Além dos efeitos colaterais cardiovasculares e das possíveis reações adversas, a dependência psicológica é uma consequência cada vez mais comum, que compromete a qualidade da vida sexual e emocional.
Portanto, é saudável usar tadalafila apenas quando há indicação clínica clara, com prescrição e acompanhamento médico. Fora disso, o uso se torna um reflexo de desinformação e pode trazer consequências graves.
Informar-se é o primeiro passo para cuidar bem da sua saúde. Ao menor sinal de dúvidas ou problemas de desempenho, procure orientação profissional em vez de soluções imediatistas e arriscadas.
Para continuar se informando, assista ao nosso vídeo completo no YouTube sobre Disfunção Erétil: causas, sintomas e tratamento. Lá, você encontrará informações detalhadas e confiáveis para se informar ainda mais!
*Conteúdo desenvolvido em parceria com o médico urologista da Unimed Fortaleza, Dr. Pedro Henrique de Oliveira Filgueira (CRM 13398 – CE e RQE Nº: 8553).
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