Cuidar de Você 21 de Novembro de 2019

Conjuntivite alérgica, infecciosa ou tóxica? Conheça todas as formas da doença


Irritação nos olhos, inchaço, ardência e pálpebras grudadas, podem indicar um quadro de conjuntivite. Fique alerta e saiba agora tudo o que precisa sobre a doença.

Médica oftalmologista analisando se o paciente está com conjuntivite

No Brasil, a conjuntivite é uma doença bastante comum, caracterizada por uma inflamação na conjuntiva dos olhos. Suas causam incluem alergias, infecções (viral, bacteriana ou fúngica) e contato com substâncias tóxicas.

Normalmente, a doença atinge os dois olhos e pode durar até 15 dias. Além disso, se a causa da conjuntivite for infecciosa, ela será uma doença contagiosa, já que sua transmissão ocorre pelo contato com as secreções oculares da pessoa infectada.

O período de contágio se inicia nas primeiras 36 e 48 horas, por isso é importante se afastar das atividades externas e limitar ao máximo o contato com as pessoas que convivem com você, em caso de suspeitas da doença.

Tipos de conjuntivite

A conjuntivite é dividida em três categorias:

  1. Alérgica;
  2. Infecciosa;
  3. Tóxica.

Para identificar qual é a forma da doença que você possui, é importante procurar um especialista, que nesse caso é o médico oftalmologista, para que ele passe o tratamento adequado.

Conjuntivite Alérgica

Se você é uma pessoa predisposta à alergias e tem rinite ou sinusite, por exemplo, seu organismo é mais sensível ao ácaro e ao pólen, o que pode facilitar o aparecimento da conjuntivite alérgica.

Essa forma da doença não é contagiosa e os sintomas mais comuns são olhos vermelhos e coceira ocular. Caso você utilize lentes de contato, elas também podem desencadear uma reação alérgica.

O tratamento desse tipo de conjuntivite é feito com uso de colírios antialérgicos.

Conjuntivite Infecciosa

É a forma mais comum da doença e é contagiosa, ou seja, pode ser transmitida para outras pessoas pelo contato com as secreções oculares. Ela pode ser viral, bacteriana ou fúngica e os sintomas são:

  • Lacrimejamento;
  • Sensação de areia nos olhos;
  • Secreção (branca ou amarelada);
  • Olhos vermelhos;
  • Fotofobia (hipersensibilidade à luz);
  • Coceira;
  • Visão embaçada;
  • Pálpebras grudadas ao acordar;
  • Inchaço nos olhos;
  • Sangramentos na conjuntiva.

Conjuntivite viral

É transmitida por vários tipos de vírus. Nessa forma, tosses e espirros dos pacientes infectados também podem transmitir a doença para quem estiver por perto.

Conjuntivite bacteriana

Essa forma da doença é menos comum do que a viral, no entanto, é mais perigosa e atinge mais crianças que adultos. A transmissão dela ocorre por meio do contato pessoal com a bactéria (passa de uma pessoa para outra). Caso você esteja com crise de garganta ou de ouvido, pode facilitar a transmissão da bactéria para os olhos.

Conjuntivite fúngica

É considerada a forma mais rara da doença e a mais difícil de tratar, pois só acontece quando a pessoa machuca os olhos com madeira.

Conjuntivite tóxica

Essa forma da doença não é contagiosa e acontece quando o paciente tem contato direto com produtos que causam reação tóxica ao olho, como: produtos de limpeza, spray de maquiagens, lentes de contato, tintas para o cabelo, shampoo, dentre outros.

Esse tipo de conjuntivite é mais raro, entretanto, é necessário cautela no tratamento, pois se negligenciada, pode causar consequência graves na visão.

Resumo ilustrado tipos de conjuntivite

10 recomendações para qualquer tipo de conjuntivite

É importante destacar que o tratamento da conjuntivite varia de acordo com a causa, por isso evite a automedicação. O uso de um colírio errado pode agravar ainda mais a doença.

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Confira abaixo as recomendações da médica oftalmologista da Unimed Fortaleza, Dra. Larissa Vidal:

  1. Lavar as mãos com frequência;
  2. Evitar levar as mãos aos olhos para que não haja uma nova contaminação;
  3. Fazer compressas de água mineral gelada ou de soro fisiológico;
  4. Suspender o uso de lentes de contato;
  5. Evitar o acúmulo de pó em cortinas, tapetes, bichos de pelúcia e etc;
  6. Evitar aglomerações;
  7. Não frequentar academias ou piscinas;
  8. Não compartilhar produtos de maquiagem;
  9. Não utilizar a mesma toalha de banho ou rosto;
  10. Trocar as roupas de cama diariamente.

6 dicas para evitar a conjuntivite

1. Manter as mãos sempre limpas e não levá-las aos olhos;

2. Não utilizar maquiagens de outras pessoas ou toalhas;

3. Não usar medicamentos, como colírios ou pomadas, sem prescrição médica;

4. Evitar nadar em piscinas sem o uso de cloro;

5. Utilizar óculos de proteção, se você trabalha com produtos químicos de forma direta;

6. Manter as lentes de contato sempre limpas e não dormir com elas, para que não causem irritação na conjuntiva.

Conjuntivite em bebês

É importante falar sobre a conjuntivite neonatal, que por definição ocorre até os 28 dias de vida, não é simplesmente uma inflamação da conjuntiva ocular igual à que ocorre com crianças maiores e adolescentes. Por isso mesmo, o cuidado com ela deve ser redobrado.

3 causas da conjuntivite em um recém-nascido

  1. Ducto nasolacrimal obstruído;
  2. Irritação produzida pelo nitrato de prata ou antimicrobianos tópicos administrados ao nascimento;
  3. Infecção viral ou infecção bacteriana (por transmissão de bactérias da mãe para o bebê durante o parto).

Mãe segurando seu bebê recém-nascido

5 dicas para tratar a doença nos bebês

O tratamento deve ser orientado por um oftalmologista ou pediatra e vai depender da causa e da forma que a doença se apresenta. Durante o tratamento da conjuntivite neonatal, siga essas 5 dicas:

1. Mantenha os olhos do bebê sempre limpos;

2. Utilize lenços de papel descartáveis e sempre um novo para cada olho;

3. Não leve a criança para a escola ou creche;

4. Lave o rosto e as mãos do bebê várias vezes ao dia;

5. Troque as roupas de cama diariamente.

Tirou suas dúvidas sobre os tipos de conjuntivite? Se você identificar algum dos sintomas listados, não hesite em procurar um médico.

larissa-bivad

Conteúdo desenvolvido em parceria com a médica oftalmologista da Unimed Fortaleza, Dra. Larissa Bivar Paiva Vidal | Formada Pela Universidade Federal do Ceará | Especialista em cirurgia refrativa, transplante de córnea e doenças externas oculares

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